Blog do Disma
Olhe, leia, opine.
14/10/2008
Nossa Cegueira
O mito de Édipo, herói tebano narrado por Sófloques, termina com a reflexão de Tebas após a saber a verdade sobre sua relação incestuosa com a mão e ter furado seus próprios olhos: “Como posso ver o mundo, agora que conheço a verdade”.
O filme “Ensaio sobre a cegueira”, do diretor Fernando Meireles, aponta na mesma direção e chama a atenção para os problemas em que a sociedade do século XXI vive atualmente.
Esta obra, uma adaptação do livro homônimo de José Saramago, mostra uma epidemia de cegueira instantânea que afeta todos os habitantes de uma cidade. Os doentes são então postos em quarentena e esquecidos no local.
Ali, a sociedade lá fora é reproduzida fielmente em seus gestos, sentimentos e ações. Atos de solidariedade e carinho são diluídos diante da mais pura selvageria, preconceito, violência, ganância, egoísmo e crueldade.
A cegueira serve para revelar a realidade camuflada em nosso cotidiano.
Depois que a epidemia é curada, surge a indagação: “como poderemos viver depois de enxergarmos a realidade?”
29/09/2008
Dentro de sala
26/09/2008
Boa desculpa
Uma boa desculpa para a ausência de publicações no blog:
"O texto acabou quando parou de olhar para dentro.
Seu interior já não fazia mais sentido, dizendo-lhe nada.
Lamentações egocentradas, infanto-juvenis.
Pseudocrises, choramingos bobos, lamentações em vão.
Acabou a inspiração, não teve tempo de escrever, estava vivendo."
Texto da Maira, leia mais:
http://casasdesofia.blogspot.com
21/09/2008
Dentro de sala
22/08/2008
Ouça Rádio!
Então que tal criarmos uma rádio? Questão feita, proposta aceita! A Rádio Corredor já está no ar: ouça no site www.radioenseada.com.br
Críticas e sugestões são sempre bem aceitas!
11/08/2008
Um pouco de Los Quilmes Boy´s!
Suas influências: Trio los pancho, Trio parada dura, Zico e Zeca, Falcão, Mozart, Latino, Hobsbawm, Vinicius de Moraes (só o Disma), Pereira, Sex Pintols, Black Sabiá, Jimi Hendasse, Destroyer, Roupa Nova (é sério! hahaha), Fábio Júnior, Fagner, Fofão, Sergio Mallandro, Noite Ilustrada, Manu Chao, Trem da Alegria, Engenho, Mercedes Bens, Brahma, Muraro, Chico Buarque, Paulo, Inforamtion Society, Chalhub, Camila Pitanga, Pimenta e outros temperos.
Os integrantes: J. Marx Violão, Violino · Idade 190 anos
Jungle Boy Percussão, Dançarino(a) · Idade 32 anos
Marcão (Sea Dog) Violão, Voz, Dançarino(a) · Idade década de 80
Pereira Backing Vocal, Flauta, Gaita · Idade 10 anos
(e outros que estiverem por perto)
Para ouvir as músicas limpe os ouvidos e acesse: http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/losquilmesboys
03/08/2008
Poemas da Pós
Fala sem conteúdo
Olhar perdido
Pensamento mudo
Diploma vendido
Após a pós
Céu azul, sol brilhante.
Apenas lá fora...
Divagações, mais divagações.
Ai que vontade de ir embora.
22/07/2008
Carpe Diem
15/06/2008
Dentro de sala... (6)*
25/05/2008
Textos Antigos (III)
Alguns rituais indígenas nos parecem estranhos. E quanto menos conhecemos a cultura em questão, mais estranho fica. Vejamos o chamado Potlatch, ocorrido na ilha de Vancouver, uma área muito gelada, onde o bem material mais precioso é o óleo de baleia usado para manter as casas aquecidas.
O povo em questão se chama Kwakiutl. Suas aldeias ficam próximas à praia, entre as florestas. Vivem em casas de madeira e pescam em canoas grandes no meio dos canais e fiordes da ilha. Levam o que chamaríamos de uma vida humilde.
Os chefes Kwakiutl são adeptos de um curioso desejo, chamado pelos antropólogos de “compulsão para o prestígio”. Eles estão sempre inseguros quanto ao seu status. Assim, o líder da aldeia, a todo o momento, tem de provar aos seus prováveis sucessores que é digno do posto de comando.
De tempos em tempos, o chefe de uma aldeia Kwakiutl promove o potlatch, onde o principal objetivo é mostrar ao seu hóspede – e virtual rival – que está habilitado para responsabilidade a ele atribuída. Como prova, o anfitrião e seus seguidores ofertam aos visitantes as dádivas mais valiosas da aldeia. O chefe oferece vasos de óleo, peixes, frutas e cobertores, enquanto se gaba contando cada presente. Muitas vezes, quando os visitantes não conseguem mais carregar os mimos, o líder inicia a queima do restante do material. Quanto maior a fogueira, mais alto o status, e se a fogueira incendeia a própria casa, ele atinge o auge da fama. Após a ostentação, o visitante volta para sua aldeia envergonhado e com a obrigação de retribuir a cerimônia.
Esquisito? Não tanto numa sociedade como a nossa, em que muitas vezes os indivíduos são avaliados conforme sua aparência ou fama. Dentro desta perspectiva, ostentar, virou o lema de muita gente.
Quem não conhece alguém que trabalha arduamente para ter o carro da moda? Ou então aqueles que preferem comprar um celular de última geração, enquanto deixam de pagar a conta de luz.
No meio acadêmico não é diferente. Assim como os chefes Kwakiutl, muitos vivem citando autores, falando difícil e exibindo pilhas e pilhas de livros. Não chegam a queimar ou mesmo emprestar seus bens para os espectadores, mas ostentam seu conhecimento como pavões em época de reprodução. E o pior é que em muitos casos, apenas decoram trechos, ou lêem somente as orelhas dos livros. Aqui, parecer saber é mais importante que realmente saber.
Ainda em tempo, um ditado esquimó: “presentes fazem escravos como chicotes fazem cachorros”.
Abril 2005
19/05/2008
Dentro de sala... (5)*
11/05/2008
Quase um roteiro (11/2004)
Sorria, você está sendo filmado
(Primeira e última cena)
Primeira Cena: imagem de um formigueiro De cima, vai aproximando, passando para uma fileira de formigas - focalizando o encontro das formigas (se tocam e vão embora). Corte para o centro de uma grande cidade, visto de cima, vem focalizando, passando para um calçadão – focalizando o encontro de duas pessoas (que com a rapidez do dia-a-dia pouco conversam e se despedem).
...
Final: personagem principal após perceber que é filmado em todos os lugares acaba entrando em paranóia e enlouquece. A cena: câmera parada no canto alto de uma sala, simulando uma câmera de vigilância. O personagem surge entre as pessoas e vem se aproximando, passa pela câmera, dá uma olhada desconfiado e sai. Mais uma câmera e a mesma coisa (ambientes diferentes), na terceira percebe que está seno perseguido e começa a fugir. É pego por outra câmera (estacionamento, prédio, rua, - ampliando ambientes) sai na rua e continua vigiado, começa a gritar e entra em pânico, as pessoas param e ficam olhando passivas. Até que surge um médico e o leva a um hospital psiquiátrico. Agora ele está numa sala totalmente branca, abatido, magro, zonzo de drogas (visão embaçada). Quando volta a si percebe que está sendo filmado por um pequena câmera com a mensagem abaixo “sorria vc esta sendo filmado”.
06/05/2008
Domingo de Futebol
Muitos amantes do futebol dizem que o campeonato por pontos corridos é a forma mais justa de encontrar um vencedor. Certamente é a mais justa, mas está longe de ser a mais emocionante.
Somente com jogos decisivos é possível um jogador medíocre ficar marcado na História de um clube, um erro do árbitro ser lembrado, e mesmo um time inferior vencer o melhor do campeonato. Futebol é paixão, e a paixão -emocionante por essência- nunca é justa.
30/04/2008
Dentro de sala... (4)*
29/04/2008
Quase um roteiro (11/2004)
- antes de sair de casa, toca o telefone: uma vendedora de tele-marketing que não o deixa desligar o aparelho. Faz mil e uma sugestões e promoções imperdíveis. (desenvolver diálogo: + - 2 minutos)
Segunda cena (externa continua a perda de tempo)
- perde o ônibus ao conversar com uma amiga de sua mãe, que insiste que ele entre para sua igreja.
- Pega o próximo coletivo. Dentro, mais um contra-ponto: um menino antes de descer faz aquele discurso “to pedindo, não to roubando...” O ônibus fica parado por alguns instantes e o cobrador expulsa o menino.
- Correria no centro (olho no relógio). Uma garota o faz parar lhe oferecendo um curso de informática (desenvolver diálogo). Depois tem aqueles caras que distribuem papeizinhos, como nosso personagem é bastante educado (ressaltar na expressão do ator, modos e vestimentas), dá atenção a todos.
Terceira cena (no escritório, após chegar atrasado)
- Chega atrasado, mas apenas alguns instantes depois do chefe (evidenciar). Assim não escapa da bronca, que é dada na frente dos demais colegas. Ele pede pra conversar numa sala reservada, argumenta com toda a calma e educação, mas o chefe não cede, pois é décima terceira vez que chega atrasado e com a mesma desculpa: dar atenção aos outros. O chefe o demite... (e ele com um monte de carnês pra pagar – flash back)
Quarta cena (externa, a vingança)
- Finalmente explode e começa a matança. Volta ao calçadão e reencontra todos aqueles que o fizeram chegar atrasado. Vai matando com requintes de crueldade: primeiro por simples fúria, depois seu prazer vai aumentando gradativamente.
- Começa pelo último, e assim volta até a sua casa. Senta satisfeito e relaxa... quando toca o telefone interrompendo seu momento de gloria, é outra atendente de tele-marketing (a única que faltava matar). A fúria volta a lhe dominar e num ato instantâneo (inventar efeito especial), entra dentro da linha telefônica, chegando até a maldita vendedora.
- Assim acaba o filme: com o rosto de pânico da vendedora e uma risada sinistra do nosso herói. (tela preta, com risada de fundo +- 30 segundos, sobe a legenda: “será o fim das operadoras de tele-marketing?”)
18/04/2008
Dentro de sala... (3)*
08/04/2008
Textos antigos (II)
Liberdade, pra quem?
Depois de uma certa resistência, oriunda das minhas experiências anteriores, aceitei o convite e fui assistir Alexandre.*
Talvez por minha expectativa ser baixa, aos poucos fui sendo fisgado pelo longa metragem. Um tanto pela minha paixão por História antiga, outro pelas aparições embriagantes de Angelina Joli, com seus olhos penetrantes e sua boca carnuda indescritível.
Guarda baixa, prestei atenção nos pontos positivos do filme. O enredo é interessante, com um narrador (Ptolomeu) relatando os feitos de Alexandre para escribas egípcios. A bissexualidade do protagonista foi exposta com sutileza. Suas referências históricas são plausíveis, os cenários deslumbrantes, figurinos bem acabados e ótimos efeitos especiais.
Quem assistir, verá uma bela recriação dos Jardins Suspensos da Babilônia, duelos entre elefantes e cavalos, e uma cena belíssima na derrota de Alexandre. Mas, a cada nova batalha, nosso herói da antiguidade, discursava entusiasticamente a seus comandados, até porque sua retórica aprendida com Aristóteles ganhou fama e atravessou os tempos. Tudo registrado em fontes históricas.
No entanto, o conteúdo dos discurssos acabaram com minha onda otimista: instigando seus combatentes, Alexandre o grande, apelava para o argumento da liberdade. Eles, os ocidentais, herdeiros da sabedoria grega, deveriam levar a esperança, as leis e liberdade até os povos bárbaros do oriente. Salvando-os de seu destino cruel e livrando-os das amarras de seus governantes. Um discurso que vem bem a calhar em época de invasão ao Iraque. Se passaram mais de 2.000 anos, mudaram os impérios e os argumentos continuam os mesmos? Cinemão de Hollywood é cinemão Hollywoodiano...
*Sinopse (pra quem não lembra...)
Alexandre - "Alexander" (2004 - 170 minutos - EUA)
um filho desejando ansiosamente a aprovação do seu severo pai, marcado pelas cicatrizes das batalhas, dilacerado e em conflito com o legado da mãe... um impiedoso conquistador que nunca perdeu uma batalha e levou os seus soldados até aos limites do mundo como era então conhecido... um visionário cujos sonhos, feitos e destino ecoou através da eternidade, ajudando a moldar a face do mundo como hoje o conhecemos. Ele foi tudo isto e muito mais. Ele foi Alexandre, o Grande.
Do realizador vencedor de três Óscares da Academia, Oliver Stone, chega- nos um monumental épico que conta com um majestoso elenco formado por Colin Farrell, Val Kilmer, Angelina Jolie e Anthony Hopkins.
Direção
Oliver Stone
03/04/2008
Dentro de sala... (2)*
27/03/2008
Cabelo novo
A alteração será rebocada com novas atitudes previstas no momento do corte, e relacionando a mudança estética com os novos objetivos, você será lembrado a todo o momento de um e de outro.
Quando você altera o visual capilar, acontecem no mínimo duas grandes mudanças: a transformação externa e a transformação interna. A externa é fácil de imaginar. As pessoas em sua volta notam a mudança e enumeram suas “novas” qualidades em comentários que se repetem, dependendo do número de convivas. - Como você está magro. - Olha, ficou bom! São os mais positivos. Também se pode ouvir comentários negativos-invejosos do tipo: - Antes era melhor. – Ficou um tanto esquisito. Mas os mais surpreendentes são aqueles que simplesmente não conseguem perceber onde está a mudança: - Você tá diferente, mais jovem... – Tem alguma coisa em você, é uma roupa nova?
No entanto, a transformação mais importante é a interna. Quando a mudança é positiva, ela melhora a auto-estima e produz uma espécie de alegria motivadora que transborda para outras atividades. Cada vez que se depara com o espelho, é um aviso para as outras mudanças que estão previstas. E a cada comentário alheio, é uma lembrança dos objetivos a serem buscados.
E olhe que essa não é uma daquelas dicas que se encontra em livros de auto-ajuda. É um conselho baseado numa experiência empírica. Eu estava com o cabelo curto há muitos anos, tracei novos objetivos e resolvi deixar crescer. Se estou mais bonito ou feio isso é o que menos importa. O importante é que a cada vez que olho no espelho lembro do que era e do quero ser.
10/03/2008
Textos antigos I
Pedantismo
Normalmente quando se escreve textos oficias e redações, monografias ou resenhas de ensino superior, duas preocupações são evidentes: os argumentos a serem levantados e a maneira de como a estrutura das palavras vai ser exposta.
O principal foco de atenção do autor deve ser as idéias ser propostas, porém, para muitos leitores uma linguagem erudita e prolixa basta para tornar o texto supostamente inteligente. Alguns autores sabendo disso utilizam esse artifício, tornando seus escritos mais conceituados, mesmo que para isso a fácil compreensão seja sacrificada.
Talvez essa supervalorização das palavras seja um reflexo da sociedade atual, que atribui maior importância à aparecia do que ao conteúdo. É como se as palavras fossem roupas: quem se veste com um terno, assim como quem usa palavras rebuscadas, recebe um status superior aos demais.
Um fato comum pode ser verificado no dia a dia: quando um leitor não compreende um texto, o problema geralmente é atribuído a ele, não ao autor, Nestes casos, a função primordial da escrita é esquecida, aquilo que era para ser uma simples mensagem, torna-se um conjunto de códigos somente entendidos pelo autor e aqueles do seu ramo.
Atualmente se vive uma elitização da palavra. Escritos que teoricamente teriam o objetivo de abranger um grande público, ao usarem termos eruditos, se tornam restritos a um pequeno grupo. Alguns livros de história que, por exemplo, poderiam ser grandes sucessos de vendagem se fossem concebidos de uma maneira simplificada.
É evidente que a redução do vocabulário de forma alguma deve ser pregada, ate porque quando o texto é bem escrito, as palavras rebuscadas são colocadas naturalmente. O que se critica aqui, é o eruditismo apregoado por muitos autores e extremamente difundido no meio acadêmico.
Um texto inteligente deve ser sempre caracterizado e sustentado por suas idéias, e não pelo uso de palavras requintadas que só prejudicam o entendimento do leitor. Se continuarmos a escrever conforme o modelo proposto, até a História se tornará desinteressante, ou melhor, irrelevante.
04/03/2008
Dentro de sala...* (1)
25/02/2008
Domingo de futebol
A paixão pelo futebol é um sentimento inexplicável. E domingo de decisão as emoções estão à flor da pele e a tensão fica no ar. Tenho dois times de coração, Flamengo e Figueirense. Ontem eles ganharam o primeiro turno de seus respectivos campeonatos estaduais, portanto, foi um domingo saboroso.
No campeonato catarinense o Figueira foi beneficiado pelo seu maior rival, o Avaí, que deixou escapar o título das suas mãos após tomar uma virada incrível dentro de casa na quarta feira passada. Eles estavam ganhando o jogo de 2x0 da Chapecoense, resultado que lhe daria o título antecipado, e acabaram perdendo por 2x3. Mesmo com o péssimo resultado, neste domingo eles dependiam de suas próprias forças (?), era preciso ganhar o Criciúma fora de casa para comemorar o título do primeiro turno. Não conseguiram, perderam o jogo por 1x0 e o Figueira fez o dever de casa goleando o Atlético Ibirama por 4x2. Este ano os avaianos completam 10 anos de jejum... Mais um dia de carreata alvinegra e a cidade está pintada de preto e branco.
No Rio o Mengão jogou a final com o Botafogo após ter passado pelo Vasco na semi-final. Agora são 8 derrotas consecutivas em jogos decisivos para o Fla, sendo cinco vice-campeonatos. Ah, como eu gosto dos meus rivais!
A decisão contra o Botafogo emocionante: o mengão saiu perdendo por 1x0 no primeiro tempo e no segundo conseguiu virar para 2x1 com um golaço do Diego Tardeli no finalzinho do jogo após três expulsões (uma do Flamengo e duas do Botafogo). A Torcida do mengão proporcionou um espetáculo à parte e emocionou até mesmo quem não torce para o Mengão.
E eu que estava apreensivo fiquei feliz, simples assim. Simples como um gol de pênalti, simples como o futebol... Depois de duas grandes vitórias a alma ficou mais leve e a semana se tornou mais atrativa. Explicação? Só pode ser a paixão.
24/02/2008
Bate o taikô!
Depois de um dia pensando sobre o assunto decidi encarar o desafio. Foram três semanas de treinamentos diários e lá estávamos nós, um grupo de karatecas inexperientes no carnaval representando a escola de samba com maior torcida de Floripa diante de uma arquibancada lotada.
Suava frio. Antes do desfile todos estavam ansiosos e apreensivos: não tínhamos treinado com a fantasia, não conhecíamos o ritmo da bateria ao vivo e não testamos as bombas de fumaça que deveriam ser jogadas durante a apresentação...
Após uma homenagem emocionada ao fundado da Escola que havia morrido dois dias antes, começamos o desfile sob os olhares apreensivos de todos, nem o pessoal da escola conhecia nossa coreografia e pela primeira vez uma escola de samba de Floripa traria um grupo de karatecas na comissão de frente que é composta tradicionalmente por bailarinos.
Entramos com o espírito guerreiro e com o que chamamos de zanshim, isso causou uma ótima impressão ao público e foi um grande diferencial perante as outras comissões de frente. Depois de três células coreográficas dentro desse perfil, passamos para a parte dançada em que batíamos palmas e cantávamos o samba-enredo. Foi inesquecível: a arquibancada levantou, senti um frio nos ossos e o coração foi a mil.
No final do desfile estávamos consumidos. O público aplaudia nossa apresentação e alguns companheiros choravam. Um sábado que guardarei para sempre na minha memória, numa palavra: emocionante.
08/02/2008
O clima ca Copa Lord
A busca pelo desfile perfeito se atenua e há um ambiente de comunhão entre os integrantes da escola e da própria platéia.
É a síntese do carnaval: a alegria transbordando por todos os lados.
Um pouco deste clima na quinta ala da Copa Lord (Shodo):
07/02/2008
Universitárias Peludas 2008
O tem deste ano foi "voltando às origens", isto é, com pouca organização e muita improvisação. O resultado foi (quase) o mesmo de sempre: cerveja gelada, animação e meninas bonitas em busca do título de rainha, segunda e primeira princesa e é claro a fim de night.
Uma pequena amostra abaixo:
Parabéns ao Camilo (espanhola), nossa rainha 2008!
Carnaval como antigamente
Um dos lugares que ainda resistem ao carnaval-comercial é o Ribeirão da Ilha (Florianópolis), onde a famílias inteiras festejam ao som de marchinhas embaladas pela banda do Zé Pereira. Abaixo um registro do pré-carnaval de 2008.
Acompanhe a letra do "Hino do Manezinho" (André Calibrina)
(Refrão)
Ó lhó lhó lhó lhó / Sou manezinho mas não sou nenhum bocó
Ó lhó lhó lhó lhó / Eh, eh, tás tolo dás um banho o bocoró
Mofas com a pomba na balaia, já dijaoje tresontonte o quê que é /
Doute uma sova seu rapagi todo tanso /
Se tem pomboca deito e rolo eu sou mané /
Gosto de siri e pirão d água / boi de mamão, camarão e berbigão /
Se vens pra ilha dando uma de dotô /
Eh, eh, tás tolo, te arromba istepô.
Refrão