Blog do Disma

Olhe, leia, opine.

27/03/2008

Cabelo novo

Rotina exaustiva, preguiça cerebral, falta de planos. Quer uma solução? Mude o cabelo. Mas mude o corte de forma radical. Se for curto, deixe crescer. Se for comprido, raspe-o. Trocar a cor também vale, desde que seja forma substancial.

A alteração será rebocada com novas atitudes previstas no momento do corte, e relacionando a mudança estética com os novos objetivos, você será lembrado a todo o momento de um e de outro.

Quando você altera o visual capilar, acontecem no mínimo duas grandes mudanças: a transformação externa e a transformação interna. A externa é fácil de imaginar. As pessoas em sua volta notam a mudança e enumeram suas “novas” qualidades em comentários que se repetem, dependendo do número de convivas. - Como você está magro. - Olha, ficou bom! São os mais positivos. Também se pode ouvir comentários negativos-invejosos do tipo: - Antes era melhor. – Ficou um tanto esquisito. Mas os mais surpreendentes são aqueles que simplesmente não conseguem perceber onde está a mudança: - Você tá diferente, mais jovem... – Tem alguma coisa em você, é uma roupa nova?

No entanto, a transformação mais importante é a interna. Quando a mudança é positiva, ela melhora a auto-estima e produz uma espécie de alegria motivadora que transborda para outras atividades. Cada vez que se depara com o espelho, é um aviso para as outras mudanças que estão previstas. E a cada comentário alheio, é uma lembrança dos objetivos a serem buscados.

E olhe que essa não é uma daquelas dicas que se encontra em livros de auto-ajuda. É um conselho baseado numa experiência empírica. Eu estava com o cabelo curto há muitos anos, tracei novos objetivos e resolvi deixar crescer. Se estou mais bonito ou feio isso é o que menos importa. O importante é que a cada vez que olho no espelho lembro do que era e do quero ser.

10/03/2008

Textos antigos I

Pedantismo

Normalmente quando se escreve textos oficias e redações, monografias ou resenhas de ensino superior, duas preocupações são evidentes: os argumentos a serem levantados e a maneira de como a estrutura das palavras vai ser exposta.

O principal foco de atenção do autor deve ser as idéias ser propostas, porém, para muitos leitores uma linguagem erudita e prolixa basta para tornar o texto supostamente inteligente. Alguns autores sabendo disso utilizam esse artifício, tornando seus escritos mais conceituados, mesmo que para isso a fácil compreensão seja sacrificada.
Talvez essa supervalorização das palavras seja um reflexo da sociedade atual, que atribui maior importância à aparecia do que ao conteúdo. É como se as palavras fossem roupas: quem se veste com um terno, assim como quem usa palavras rebuscadas,
recebe um status superior aos demais.
Um fato comum pode ser verificado no dia a dia: quando um leitor não compreende um texto, o problema geralmente é atribuído a ele, não ao autor, Nestes casos, a função
primordial da escrita é esquecida, aquilo que era para ser uma simples mensagem, torna-se um conjunto de códigos somente entendidos pelo autor e aqueles do seu ramo.
Atualmente se vive uma elitização da palavra. Escritos que teoricamente teriam o objetivo de abranger um grande público, ao usarem termos eruditos, se tornam restritos a um pequeno grupo. Alguns livros de história que, por exemplo, poderiam ser grandes sucessos de vendagem se fossem concebidos de uma maneira simplificada.
É evidente que a redução do vocabulário de forma alguma deve ser pregada, ate porque quando o texto é bem escrito, as palavras rebuscadas são colocadas naturalmente. O que se critica aqui, é o eruditismo apregoado por muitos autores e extremamente difundido no meio acadêmico.
Um texto inteligente deve ser sempre caracterizado e sustentado por suas idéias, e não pelo uso de palavras requintadas que só prejudicam o entendimento do leitor. Se continuarmos a escrever conforme o modelo proposto, até a História se tornará desinteressante, ou melhor, irrelevante.


Pedante adj. e s.2g. (indivíduo) que gosta de exibir conhecimentos, reais ou supostos; presumido; pernóstico.

LUFT, Celso Pedro. Mini Dicionário Luft. Ática-scipione: 8 ed, 1995. São Paulo, pg 472

04/03/2008

Dentro de sala...* (1)









-(Professor): ... com o conhecimento da manipulação dos metais, nossos ancestrais passaram a criar ferramentas em ferro, como a enxada por exemplo, o proporcionou uma verdadeira revolução na agricultura.

-(Aluno): Professor, o que é uma enxada?



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*Fatos reais