Blog do Disma

Olhe, leia, opine.

25/02/2008

Domingo de futebol


A paixão pelo futebol é um sentimento inexplicável. E domingo de decisão as emoções estão à flor da pele e a tensão fica no ar. Tenho dois times de coração, Flamengo e Figueirense. Ontem eles ganharam o primeiro turno de seus respectivos campeonatos estaduais, portanto, foi um domingo saboroso.

No campeonato catarinense o Figueira foi beneficiado pelo seu maior rival, o Avaí, que deixou escapar o título das suas mãos após tomar uma virada incrível dentro de casa na quarta feira passada. Eles estavam ganhando o jogo de 2x0 da Chapecoense, resultado que lhe daria o título antecipado, e acabaram perdendo por 2x3. Mesmo com o péssimo resultado, neste domingo eles dependiam de suas próprias forças (?), era preciso ganhar o Criciúma fora de casa para comemorar o título do primeiro turno. Não conseguiram, perderam o jogo por 1x0 e o Figueira fez o dever de casa goleando o Atlético Ibirama por 4x2. Este ano os avaianos completam 10 anos de jejum... Mais um dia de carreata alvinegra e a cidade está pintada de preto e branco.

No Rio o Mengão jogou a final com o Botafogo após ter passado pelo Vasco na semi-final. Agora são 8 derrotas consecutivas em jogos decisivos para o Fla, sendo cinco vice-campeonatos. Ah, como eu gosto dos meus rivais!

A decisão contra o Botafogo emocionante: o mengão saiu perdendo por 1x0 no primeiro tempo e no segundo conseguiu virar para 2x1 com um golaço do Diego Tardeli no finalzinho do jogo após três expulsões (uma do Flamengo e duas do Botafogo). A Torcida do mengão proporcionou um espetáculo à parte e emocionou até mesmo quem não torce para o Mengão.

E eu que estava apreensivo fiquei feliz, simples assim. Simples como um gol de pênalti, simples como o futebol... Depois de duas grandes vitórias a alma ficou mais leve e a semana se tornou mais atrativa. Explicação? Só pode ser a paixão.



24/02/2008

Bate o taikô!

Domingo, 12 de janeiro de 2008. Recebo um telefonema de um amigo praticante de karatê para participar da comissão de frente da Copa Lord, que homenagearia os 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Depois de um dia pensando sobre o assunto decidi encarar o desafio. Foram três semanas de treinamentos diários e lá estávamos nós, um grupo de karatecas inexperientes no carnaval representando a escola de samba com maior torcida de Floripa diante de uma arquibancada lotada.
Suava frio. Antes do desfile todos estavam ansiosos e apreensivos: não tínhamos treinado com a fantasia, não conhecíamos o ritmo da bateria ao vivo e não testamos as bombas de fumaça que deveriam ser jogadas durante a apresentação...
Após uma homenagem emocionada ao fundado da Escola que havia morrido dois dias antes, começamos o desfile sob os olhares apreensivos de todos, nem o pessoal da escola conhecia nossa coreografia e pela primeira vez uma escola de samba de Floripa traria um grupo de karatecas na comissão de frente que é composta tradicionalmente por bailarinos.
Entramos com o espírito guerreiro e com o que chamamos de zanshim, isso causou uma ótima impressão ao público e foi um grande diferencial perante as outras comissões de frente. Depois de três células coreográficas dentro desse perfil, passamos para a parte dançada em que batíamos palmas e cantávamos o samba-enredo. Foi inesquecível: a arquibancada levantou, senti um frio nos ossos e o coração foi a mil.
No final do desfile estávamos consumidos. O público aplaudia nossa apresentação e alguns companheiros choravam. Um sábado que guardarei para sempre na minha memória, numa palavra: emocionante.

08/02/2008

O clima ca Copa Lord

Desfilar numa escola de samba é uma emoção única. Quando a escola conquista o título este sentimento se multiplica.
A busca pelo desfile perfeito se atenua e há um ambiente de comunhão entre os integrantes da escola e da própria platéia.
É a síntese do carnaval: a alegria transbordando por todos os lados.
Um pouco deste clima na quinta ala da Copa Lord (Shodo):


P.S.: em alguns dias colocarei um pequeno vídeo da comissão de frente e um relato sobre esta magnífica experiência.

07/02/2008

Universitárias Peludas 2008

Em 2002 um grupo de amigos do curso de História da UFSC fundou um bloco de carnaval chamado Universitárias Peludas. Desde então o bloco vem crescendo em número e qualidade, e hoje extrapola o grupo de jovens historiadores.
O tem deste ano foi "voltando às origens", isto é, com pouca organização e muita improvisação. O resultado foi (quase) o mesmo de sempre: cerveja gelada, animação e meninas bonitas em busca do título de rainha, segunda e primeira princesa e é claro a fim de night.
Uma pequena amostra abaixo:



Parabéns ao Camilo (espanhola), nossa rainha 2008!

Carnaval como antigamente

Carnaval é uma das melhores épocas do ano. Um período que as pessoas saem às ruas para brincar, cantar e escapar da realidade cotidiana.
Um dos lugares que ainda resistem ao carnaval-comercial é o Ribeirão da Ilha (Florianópolis), onde a famílias inteiras festejam ao som de marchinhas embaladas pela banda do Zé Pereira. Abaixo um registro do pré-carnaval de 2008.



Acompanhe a letra do "Hino do Manezinho" (André Calibrina)

(Refrão)
Ó lhó lhó lhó lhó / Sou manezinho mas não sou nenhum bocó
Ó lhó lhó lhó lhó / Eh, eh, tás tolo dás um banho o bocoró

Mofas com a pomba na balaia, já dijaoje tresontonte o quê que é /
Doute uma sova seu rapagi todo tanso /
Se tem pomboca deito e rolo eu sou mané /

Gosto de siri e pirão d água / boi de mamão, camarão e berbigão /
Se vens pra ilha dando uma de dotô /
Eh, eh, tás tolo, te arromba istepô.

Refrão