Questão 3) O que você entende por Guerra Fria?
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*Fatos reais (mas este não foi na minha aula...)
Olhe, leia, opine.
- antes de sair de casa, toca o telefone: uma vendedora de tele-marketing que não o deixa desligar o aparelho. Faz mil e uma sugestões e promoções imperdíveis. (desenvolver diálogo: + - 2 minutos)
Segunda cena (externa continua a perda de tempo)
- perde o ônibus ao conversar com uma amiga de sua mãe, que insiste que ele entre para sua igreja.
- Pega o próximo coletivo. Dentro, mais um contra-ponto: um menino antes de descer faz aquele discurso “to pedindo, não to roubando...” O ônibus fica parado por alguns instantes e o cobrador expulsa o menino.
- Correria no centro (olho no relógio). Uma garota o faz parar lhe oferecendo um curso de informática (desenvolver diálogo). Depois tem aqueles caras que distribuem papeizinhos, como nosso personagem é bastante educado (ressaltar na expressão do ator, modos e vestimentas), dá atenção a todos.
Terceira cena (no escritório, após chegar atrasado)
- Chega atrasado, mas apenas alguns instantes depois do chefe (evidenciar). Assim não escapa da bronca, que é dada na frente dos demais colegas. Ele pede pra conversar numa sala reservada, argumenta com toda a calma e educação, mas o chefe não cede, pois é décima terceira vez que chega atrasado e com a mesma desculpa: dar atenção aos outros. O chefe o demite... (e ele com um monte de carnês pra pagar – flash back)
Quarta cena (externa, a vingança)
- Finalmente explode e começa a matança. Volta ao calçadão e reencontra todos aqueles que o fizeram chegar atrasado. Vai matando com requintes de crueldade: primeiro por simples fúria, depois seu prazer vai aumentando gradativamente.
- Começa pelo último, e assim volta até a sua casa. Senta satisfeito e relaxa... quando toca o telefone interrompendo seu momento de gloria, é outra atendente de tele-marketing (a única que faltava matar). A fúria volta a lhe dominar e num ato instantâneo (inventar efeito especial), entra dentro da linha telefônica, chegando até a maldita vendedora.
- Assim acaba o filme: com o rosto de pânico da vendedora e uma risada sinistra do nosso herói. (tela preta, com risada de fundo +- 30 segundos, sobe a legenda: “será o fim das operadoras de tele-marketing?”)
Liberdade, pra quem?
Depois de uma certa resistência, oriunda das minhas experiências anteriores, aceitei o convite e fui assistir Alexandre.*
Talvez por minha expectativa ser baixa, aos poucos fui sendo fisgado pelo longa metragem. Um tanto pela minha paixão por História antiga, outro pelas aparições embriagantes de Angelina Joli, com seus olhos penetrantes e sua boca carnuda indescritível.
Guarda baixa, prestei atenção nos pontos positivos do filme. O enredo é interessante, com um narrador (Ptolomeu) relatando os feitos de Alexandre para escribas egípcios. A bissexualidade do protagonista foi exposta com sutileza. Suas referências históricas são plausíveis, os cenários deslumbrantes, figurinos bem acabados e ótimos efeitos especiais.
Quem assistir, verá uma bela recriação dos Jardins Suspensos da Babilônia, duelos entre elefantes e cavalos, e uma cena belíssima na derrota de Alexandre. Mas, a cada nova batalha, nosso herói da antiguidade, discursava entusiasticamente a seus comandados, até porque sua retórica aprendida com Aristóteles ganhou fama e atravessou os tempos. Tudo registrado em fontes históricas.
No entanto, o conteúdo dos discurssos acabaram com minha onda otimista: instigando seus combatentes, Alexandre o grande, apelava para o argumento da liberdade. Eles, os ocidentais, herdeiros da sabedoria grega, deveriam levar a esperança, as leis e liberdade até os povos bárbaros do oriente. Salvando-os de seu destino cruel e livrando-os das amarras de seus governantes. Um discurso que vem bem a calhar em época de invasão ao Iraque. Se passaram mais de 2.000 anos, mudaram os impérios e os argumentos continuam os mesmos? Cinemão de Hollywood é cinemão Hollywoodiano...
Alexandre - "Alexander" (2004 - 170 minutos - EUA)