Blog do Disma

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24/02/2008

Bate o taikô!

Domingo, 12 de janeiro de 2008. Recebo um telefonema de um amigo praticante de karatê para participar da comissão de frente da Copa Lord, que homenagearia os 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Depois de um dia pensando sobre o assunto decidi encarar o desafio. Foram três semanas de treinamentos diários e lá estávamos nós, um grupo de karatecas inexperientes no carnaval representando a escola de samba com maior torcida de Floripa diante de uma arquibancada lotada.
Suava frio. Antes do desfile todos estavam ansiosos e apreensivos: não tínhamos treinado com a fantasia, não conhecíamos o ritmo da bateria ao vivo e não testamos as bombas de fumaça que deveriam ser jogadas durante a apresentação...
Após uma homenagem emocionada ao fundado da Escola que havia morrido dois dias antes, começamos o desfile sob os olhares apreensivos de todos, nem o pessoal da escola conhecia nossa coreografia e pela primeira vez uma escola de samba de Floripa traria um grupo de karatecas na comissão de frente que é composta tradicionalmente por bailarinos.
Entramos com o espírito guerreiro e com o que chamamos de zanshim, isso causou uma ótima impressão ao público e foi um grande diferencial perante as outras comissões de frente. Depois de três células coreográficas dentro desse perfil, passamos para a parte dançada em que batíamos palmas e cantávamos o samba-enredo. Foi inesquecível: a arquibancada levantou, senti um frio nos ossos e o coração foi a mil.
No final do desfile estávamos consumidos. O público aplaudia nossa apresentação e alguns companheiros choravam. Um sábado que guardarei para sempre na minha memória, numa palavra: emocionante.

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