Blog do Disma

Olhe, leia, opine.

29/04/2008

Quase um roteiro (11/2004)

Curta (definir título e diálogos)


Primeira cena (introdução: sugestão de rotina do dia-a-dia)
- despertador toca, personagem principal acorda (atrasado). Toma banho, café sujo rapidamente e sai para o trabalho (Som do despertador diminui e entra a música de fundo: Cotidiano – Chico Buarque, versão Seu Jorge)

- antes de sair de casa, toca o telefone: uma vendedora de tele-marketing que não o deixa desligar o aparelho. Faz mil e uma sugestões e promoções imperdíveis. (desenvolver diálogo: + - 2 minutos)

Segunda cena (externa continua a perda de tempo)

- perde o ônibus ao conversar com uma amiga de sua mãe, que insiste que ele entre para sua igreja.

- Pega o próximo coletivo. Dentro, mais um contra-ponto: um menino antes de descer faz aquele discurso “to pedindo, não to roubando...” O ônibus fica parado por alguns instantes e o cobrador expulsa o menino.

- Correria no centro (olho no relógio). Uma garota o faz parar lhe oferecendo um curso de informática (desenvolver diálogo). Depois tem aqueles caras que distribuem papeizinhos, como nosso personagem é bastante educado (ressaltar na expressão do ator, modos e vestimentas), dá atenção a todos.

Terceira cena (no escritório, após chegar atrasado)

- Chega atrasado, mas apenas alguns instantes depois do chefe (evidenciar). Assim não escapa da bronca, que é dada na frente dos demais colegas. Ele pede pra conversar numa sala reservada, argumenta com toda a calma e educação, mas o chefe não cede, pois é décima terceira vez que chega atrasado e com a mesma desculpa: dar atenção aos outros. O chefe o demite... (e ele com um monte de carnês pra pagar – flash back)

Quarta cena (externa, a vingança)

- Finalmente explode e começa a matança. Volta ao calçadão e reencontra todos aqueles que o fizeram chegar atrasado. Vai matando com requintes de crueldade: primeiro por simples fúria, depois seu prazer vai aumentando gradativamente.

- Começa pelo último, e assim volta até a sua casa. Senta satisfeito e relaxa... quando toca o telefone interrompendo seu momento de gloria, é outra atendente de tele-marketing (a única que faltava matar). A fúria volta a lhe dominar e num ato instantâneo (inventar efeito especial), entra dentro da linha telefônica, chegando até a maldita vendedora.

- Assim acaba o filme: com o rosto de pânico da vendedora e uma risada sinistra do nosso herói. (tela preta, com risada de fundo +- 30 segundos, sobe a legenda: “será o fim das operadoras de tele-marketing?”)

Nenhum comentário: